Clarice Niskier, a talentosa atriz que interpreta a diretora Norma em “A Caverna Encantada”, mergulhou em seu próprio passado para construir essa personagem icônica. Sua voz rouca e autoritária, inspirada em figuras de autoridade que a marcaram na juventude, dá vida a uma vilã inesquecível.
A Voz Rouca da Autoridade
Ao descrever sua inspiração para a personagem, Clarice revela que não se baseou em vilãs clássicas do cinema ou da TV, mas em suas próprias lembranças. As pessoas autoritárias que cruzaram seu caminho quando era mais jovem serviram de modelo para a construção de Norma, a diretora do colégio Rosa dos Ventos.
A atriz lembra com clareza a voz dessas figuras de autoridade, geralmente “uma voz de fumante”, que a aterrorizaram na época. Essa qualidade vocal é o que mais a marcou e, portanto, é o que ela resgata para dar vida a Norma, uma personagem que, apesar de assustadora, também carrega uma pitada de humor.
Inspiração na Vida Real
Clarice não se limita a reproduzir suas memórias negativas. Ela também encontra um quê de cômico nas ideias e ações desses indivíduos autoritários. Observadora atenta, a atriz enxerga a tragédia, mas também o lado ridículo, dessas figuras que tentavam controlar a vida dos outros.
Essa perspectiva única é o que torna a interpretação de Norma tão intrigante. Não se trata apenas de uma vilã unidimensional, mas de uma personagem carregada de nuances e contradições, reflexo da própria complexidade da vida.
Uma Vilã com Personalidade
Para Clarice, interpretar Norma é um desafio instigante. Após papéis ambíguos, como o de Haydée em “Carinha de Anjo”, a atriz agora se entrega de corpo e alma a uma vilã de verdade. Essa é sua primeira personagem antagonista na dramaturgia, e ela está determinada a fazê-la brilhar.
Com sua voz rouca e autoritária, Norma representa um obstáculo constante para a protagonista Anna, uma menina curiosa e aventureira que desafia as regras impostas pela diretora. Essa disputa promete ser o centro da trama de “A Caverna Encantada”, com Clarice Niskier roubando a cena como a antagonista de destaque.
Conclusão
Ao resgatar suas próprias memórias e experiências, Clarice Niskier cria uma personagem vilã rica em detalhes e nuances. A voz rouca e autoritária de Norma, inspirada em figuras do passado da atriz, dá vida a uma antagonista fascinante, que promete cativar o público. Clarice prova mais uma vez sua versatilidade e talento, transformando sua própria história em uma performance inesquecível na telinha.