Embora Visions of Mana tenha um combate versátil, o jogo é prejudicado por um mundo raso e um roteiro nada envolvente. Apesar de algumas ideias interessantes, a execução falha em transformá-las em uma experiência memorável.
Principais Destaques
- Combate Versátil: O sistema de combate em torno dos artefatos elementais é o ponto mais positivo do jogo, convidando à experimentação e combinações interessantes.
- Mundo e Personagens Rasos: O mundo de Visions of Mana é repleto de lugares desinteressantes e repetitivos, enquanto os personagens carecem de profundidade e suas motivações não são bem exploradas.
- Problemas Técnicos: O jogo apresenta diversos problemas de desempenho e otimização, com quedas de quadros perceptíveis e bugs que atrapalham a experiência.
Uma Aventura Esquecível
Ah, Visions of Mana… Eu entendo a intenção de trazer de volta a clássica franquia Mana para os dias atuais, mas, infelizmente, o resultado final deixa muito a desejar. O jogo promete uma história envolvente e um mundo fascinante, mas acaba entregando uma aventura esquecível e repleta de problemas.
Logo de cara, fica claro que o roteiro apressado não dá o tempo necessário para que os personagens se desenvolvam como deveriam. O protagonista Val é um típico herói genérico, agindo por impulso e com um poder misterioso mal explicado. E os demais membros do grupo principal também não conseguem cativar, pois suas motivações e conflitos internos não são devidamente explorados.
Pior ainda é o mundo que nos é apresentado. Há muitos lugares para visitar, sim, mas todos eles são desinteressantes e repetitivos, sem oferecer nada de novo ou empolgante para o jogador explorar. É uma sensação de que o jogo apostou em quantidade em vez de qualidade, criando uma experiência inchada e maçante.
E as decisões de design também não ajudam. Desde inimigos de nível extremamente alto logo na primeira área, até sistemas de exploração limitados e missões secundárias sem graça, Visions of Mana comete vários equívocos que prejudicam o fluxo de jogo.
O Brilho no Combate
Felizmente, não tudo está perdido. O sistema de combate é, de longe, o ponto mais positivo do jogo. A mecânica em torno dos artefatos elementais é realmente interessante, pois convida o jogador a experimentar diversas combinações de classes e habilidades.
Conforme você progride, vai desbloqueando novas classes e aprimorando seus personagens, tornando-os cada vez mais poderosos e versáteis. Isso cria um loop de gameplay envolvente, onde você fica ansioso para ver o que mais pode ser desbloqueado.
Claro, nem tudo são flores. Algumas falhas na interface e na movimentação dos personagens acabam atrapalhando o fluxo do combate, causando momentos de frustração. Mas, no geral, essa é a parte mais sólida e divertida de Visions of Mana.
Problemas Técnicos e Visuais
Infelizmente, os problemas do jogo não param por aí. Na parte visual, Visions of Mana até tem uma direção artística fofa e caricata, que combina bem com a atmosfera da franquia Mana. Porém, a otimização é um grande ponto fraco, com quedas de quadros perceptíveis e bugs que chegam a congelar a câmera.
Esses problemas técnicos ficam ainda mais evidentes durante os combates, com muitos inimigos na tela, ou nas animações de habilidades especiais. Não importa se você está jogando no modo de performance do PS5 – as oscilações de FPS acabam incomodando.
Vale a Pena?
Então, devo dizer que Visions of Mana não é exatamente uma experiência ruim. Há alguns elementos interessantes, especialmente no sistema de combate, que podem agradar jogadores mais pacientes. Mas, no geral, é um jogo que não consegue aproveitar todo o seu potencial.
Com um mundo raso, personagens mal desenvolvidos e problemas técnicos, Visions of Mana acaba se tornando uma aventura esquecível, que só vale a pena para fãs mais dedicados da franquia Mana. Para os demais, eu recomendo esperar uma promoção ou olhar outras opções de RPGs de ação mais empolgantes.