A Origem Verificada é uma iniciativa da Anatel que promete transformar a maneira como os brasileiros recebem chamadas de empresas. Contudo, o lançamento desse identificador de chamadas inteligente, que visa aumentar a confiança do usuário e combater golpes, sofreu adiamentos e ainda não tem uma nova data definida para chegar ao mercado.
O que é a Origem Verificada?
A Origem Verificada foi criada para que os usuários possam atender chamadas de empresas com mais segurança. Quando uma empresa adere ao projeto, seu nome, logotipo e o motivo da ligação aparecem na tela do receptor. Isso é uma mão na roda para evitar aquelas chamadas de números desconhecidos que muitas vezes geram desconfiança e receio.
Utilizando protocolos de segurança modernos como STIR/SHAKEN e RCD, já empregados em países como Estados Unidos e Canadá, a Anatel quer garantir que apenas chamadas legítimas exibam essa verificação. O objetivo é claro: reduzir a incidência de spam, golpes e spoofing.
Quem vai aderir?
Grandes empresas, como bancos e varejistas, são esperadas para se integrar a essa nova funcionalidade. Para o usuário comum, a boa notícia é que não haverá custos adicionais para receber ligações identificadas. Contudo, as empresas terão que arcar com o investimento dessa plataforma, sob a batuta da ABR Telecom, ente responsável por controlar a portabilidade numérica.
A barreira da compatibilidade
Um dos pontos críticos do Origem Verificada é a compatibilidade do smartphone. Este deve ser um aparelho que suporte a tecnologia e tenha as atualizações de sistema operacional necessárias. Nomes como Motorola, Samsung e Apple já estão se preparando para isso. Mas aqui está um porém!
Os celulares só poderão exibir o selo de verificação se estiverem conectados a redes 4G ou 5G com a tecnologia VoLTE ativada. Atualmente, apenas as operadoras TIM e Vivo disponibilizam essa funcionalidade amplamente para todos os seus clientes. A Claro, por outro lado, limita essa opção a usuários de planos pós-pagos que custem acima de R$ 100.
É assustador saber que, de acordo com estimativas, pelo menos 35 milhões de linhas da Claro não estarão aptas a utilizar o Origem Verificada. E como se não bastasse, muitos clientes no plano pós-pago podem precisar solicitar a ativação da função VoLTE diretamente no atendimento da operadora. É um verdadeiro labirinto!
A reação do público
A comunidade está questionando bastante sobre este atraso. Alguns comentários dizem que “seria inovador se o governo entregasse algo dentro do prazo”. Outros não ficam surpresos ao suspeitar que a Claro esteja implorando mais tempo para se ajustar a essa nova realidade. O que fica claro, é que empresas privadas também têm seu lugar quando se trata de atrasos nos prazos.
Considerações finais
Dividido entre o entusiasmo pela promoção da segurança e a frustração com a incerteza do lançamento, o consumidor brasileiro aguarda ansiosamente a chegada da Origem Verificada. Este identificador de chamadas é uma promessa de um futuro onde atender uma ligação de um número desconhecido poderá ser tão seguro quanto abrir a porta para um amigo. No mundo tecnológico em que vivemos, é essencial que cada avanço traga benefícios reais aos usuários, e a Anatel precisa garantir que isso aconteça.
No final das contas, a expectativa é alta e a vontade de ver esse projeto decolar é palpável. Afinal, em um mundo cada vez mais digital, quem não quer estar protegido contra os perigos de um simples toque no telefone?