Os Estados Unidos estão trabalhando em uma nova regulamentação que visa restringir ainda mais o acesso de empresas chinesas a componentes de chips produzidos nos Estados Unidos. A meta é limitar o acesso dessas empresas a equipamentos utilizados na fabricação de semicondutores. Essa medida é uma expansão de leis já existentes que reduzem as permissões para que empresas norte-americanas negociem com companhias da China.
Principais Pontos de Destaque
- Exclusão de alguns países aliados – Países como Holanda, Japão e Coreia do Sul estariam liberados para fornecer equipamentos e matérias-primas para parceiras da China.
- Proibições continuam contra a China – Regiões como Israel, Taiwan, Cingapura e Malásia estariam na lista de proibidas, o que pode impactar diretamente a taiwanesa TSMC, a maior fabricante de chips do mundo.
- Busca por menor dependência – Desde 2020, quando as sanções dos EUA contra a China se intensificaram no campo dos semicondutores, o país asiático vem buscando formas de se tornar menos dependente de companhias norte-americanas e de países aliados.
Entendendo a Nova Regulamentação
A principal novidade da nova regulamentação deve ser a exclusão de alguns países aliados, como Holanda, Japão e Coreia do Sul, da restrição de vendas de equipamentos e matérias-primas para a China. Isso significa que esses países seguiriam liberados para fornecer tais produtos para empresas chinesas.
Já regiões como Israel, Taiwan, Cingapura e Malásia estariam na lista de proibidas. Caso essa informação se confirme, a TSMC, atual maior fabricante de chips da indústria e localizada em Taiwan, pode ser diretamente impactada.
Além disso, cerca de cinco grandes fabricantes chinesas de semicondutores teriam as atividades bastante limitadas por essa nova legislação. Desde 2020, quando as sanções dos EUA contra a China se intensificaram no campo dos semicondutores, o país asiático vem buscando formas de se tornar menos dependente de companhias norte-americanas e de países aliados.
Questões de Segurança Nacional
Por trás dessa nova regulamentação está o argumento de “risco à segurança nacional” utilizado pelo governo dos Estados Unidos. Segundo essa perspectiva, a China é acusada de espionagem industrial e de usar equipamentos ou serviços de telecomunicação para monitorar usuários dos EUA.
É exatamente esse tipo de argumento que está levando o país a proibir o TikTok, entre outros exemplos. A Huawei, que foi uma das marcas mais afetadas pelas barreiras comerciais e perdeu até a licença do ecossistema Android em seus celulares, é uma das empresas que voltou a apostar no mercado regional e retomou bons resultados.
Conclusão
A nova regulamentação dos EUA sobre a exportação de chips para a China é um movimento estratégico para limitar o acesso de empresas chinesas a tecnologias-chave. Embora alguns países aliados tenham sido excluídos das restrições, a medida ainda deve ter um impacto significativo no setor de semicondutores, especialmente em regiões como Taiwan, que abriga a maior fabricante mundial de chips.
Essa disputa comercial e tecnológica entre os Estados Unidos e a China reflete uma realidade mais ampla de uma “Nova Guerra Fria” em curso, com implicações profundas para a geopolítica global e a competitividade econômica entre as duas potências.