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segunda-feira, julho 1, 2024

“Edições sutis, IA realista: a nova tendência do Instagram.”

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O Instagram está marcando algumas fotos reais como se fossem geradas por Inteligência Artificial, devido a pequenas edições feitas pelos fotógrafos. Esse problema pode estar relacionado aos metadados adicionados por ferramentas de edição de imagem da Adobe.

Destaques principais:

  • Fotos reais com pequenos ajustes, como remover objetos, estão sendo marcadas incorretamente como “criadas com IA” pelo Instagram.
  • O uso da ferramenta de preenchimento generativo do Photoshop, que utiliza IA para remover objetos, pode estar causando essa marcação indevida.
  • A Meta está avaliando melhorias para diferenciar o uso de IA em imagens, levando em consideração o feedback de fotógrafos e desenvolvedores.

Prezado leitor, imaginem a seguinte situação: você é um renomado fotógrafo e captou uma linda imagem do Monte Fuji no Japão. Depois de um trabalho minucioso de edição, removendo apenas alguns detalhes indesejados, como uma lixeira no canto da foto, você a publica no Instagram. Para sua surpresa, a rede social marca sua obra-prima como “criada com IA”.

Esse cenário frustrante está acontecendo com vários fotógrafos profissionais. O Instagram, pertencente à Meta, vem erroneamente aplicando o rótulo de “criado com IA” em fotos reais que passaram por pequenas edições, como recortes ou remoção de objetos indesejados.

A culpa pode estar nos metadados

De acordo com relatos, o problema parece estar relacionado aos metadados inseridos pelas ferramentas de edição da Adobe, como o Photoshop. Quando o fotógrafo usa a ferramenta de “preenchimento generativo” para remover objetos, a imagem é marcada como se fosse gerada por Inteligência Artificial.

No entanto, essa ferramenta apenas utiliza a IA para preencher os espaços vazios deixados após a remoção dos objetos. O restante da imagem continua sendo uma fotografia real, capturada pela câmera do profissional.

A Meta promete melhorias

Diante das reclamações, a Meta reconheceu o problema e prometeu avaliar melhorias na abordagem para identificar o uso de IA nas imagens. A empresa afirmou estar em diálogo com desenvolvedores de aplicativos que utilizam IA, a fim de encontrar formas mais precisas de aplicar os rótulos.

Afinal, uma foto do Monte Fuji com uma lixeira removida e uma imagem gerada por IA do Papa usando uma jaqueta não deveriam receber a mesma classificação. É importante distinguir o uso pontual de IA em edições de imagens reais das fotos totalmente sintetizadas por algoritmos.

A importância da educação sobre IA

Enquanto a solução definitiva não é encontrada, especialistas enfatizam a necessidade de educar as pessoas sobre a Inteligência Artificial generativa. Segundo Andrea Henderson, professora da Universidade do Mississippi, é crucial que as pessoas entendam o que é a IA generativa e como ela funciona.

O fotógrafo Dimitry Mak compartilha uma opinião semelhante: “Cada indivíduo precisa buscar conhecimento e se informar para tomar decisões conscientes. A Meta pode dar diretrizes, mas o pensamento crítico de cada pessoa é o que vai determinar a eficácia dessas medidas.”

Conclusão

Em um mundo onde a Inteligência Artificial está cada vez mais presente, é fundamental encontrar um equilíbrio entre o uso responsável dessa tecnologia e a preservação da autenticidade nas artes visuais. Cabe às plataformas, como o Instagram, aprimorar seus sistemas de identificação, garantindo que as obras genuínas não sejam confundidas com criações artificiais. Ao mesmo tempo, é nossa responsabilidade individual buscar conhecimento e exercer o pensamento crítico, para navegar com sabedoria nessa nova era digital.

Source: tecnoblog.net


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