O serviço de streaming Max, anteriormente conhecido como HBO Max, anunciou uma mudança significativa em suas políticas: a proibição do compartilhamento de senhas. Durante uma apresentação de resultados, Gunnar Wiedenfels, CFO da Warner Bros. Discovery — proprietária do Max — esclareceu que essa mudança visa alinhar a plataforma com outras grandes do setor, como Netflix e Disney+, que já adotaram essa prática. A medida será implementada gradualmente, com uma proibição total prevista para 2025.
Como funcionará a proibição?
Até o final de 2024, usuários da Max serão notificados sobre as novas regras. A ideia é deixar claro que o compartilhamento de senhas é permitido apenas entre pessoas que residem na mesma casa do assinante. Isso significa que, se você compartilhar sua conta com seu parceiro, filhos ou pais, está tudo bem. No entanto, dividir a senha com alguém que mora em outra residência, como um irmão mais velho que está longe, não será mais uma opção.
Com o aviso prévio dado aos assinantes, a Max iniciará uma fase de bloqueio do compartilhamento. Esse bloqueio deverá identificar acessos fora do endereço de cobrança da conta, ou seja, cada usuário terá que estar conectado a partir da sua residência registrada. Para aqueles que desejarem incluir amigos ou familiares que moram em outros locais, a Max planeja oferecer um “plano de conta adicional”.
Um aumento nos preços?
Um ponto de interrogação paira sobre os preços do serviço. Wiedenfels não descartou a possibilidade de um aumento. O último reajuste no Brasil ocorreu em julho, e, segundo o CFO, a natureza premium da plataforma permite esse ajuste. O CEO David Zaslav também discutiu a intenção da empresa de garantir uma experiência de qualidade consistente, aumentando a confiança do consumidor na marca.
Por que essa mudança é importante?
A decisão da Max ecoa uma tendência crescente entre serviços de streaming. A proibição do compartilhamento de senhas é uma tentativa de conter o crescimento de contas compartilhadas, que afeta a receita das empresas. Enquanto plataformas como Amazon, GloboPlay e AppleTV ainda não implementaram restrições similares, Max, Disney+ e Netflix estão na vanguarda dessa política.
Para muitos, o compartilhamento de contas é uma prática comum e considerada uma forma de economizar. No entanto, com os custos dos serviços aumentando e uma concorrência feroz, as empresas buscarão novas formas de maximizar sua base de assinantes. A expectativa é que movimentos como o da Max possam não apenas aumentar a receita, mas também fortalecer o ecossistema de streaming.
Como os consumidores estão reagindo?
O sentimento entre os usuários parece ser de um misto de descontentamento e compreensão. Enquanto muitos consideram a regra injusta, reconhecem a validade do esforço das empresas para proteger seus investimentos. “É chato, mas compreendo que eles precisam fazer isso para garantir qualidade”,
Claro, essa nova política pode criar resistência e até mesmo levar alguns a reconsiderar sua assinatura. A Max precisará não só comunicar bem a mudança, mas também justificar a experiência que os clientes terão ao se manterem fiéis ao serviço.
Conclusão
As mudanças anunciadas pela Max refletem um movimento maior na indústria do streaming para regular o compartilhamento de contas. Com um aumento potencial nos preços e uma política mais rígida em relação ao uso compartilhado de senhas, os consumidores podem se sentir pressionados. No entanto, o que resta a saber é se essa estratégia será bem-sucedida na retenção de assinantes e na geração de receita. O futuro do streaming pode depender disso.