A Oi, uma das principais operadoras de telecomunicações no Brasil, está prestes a realizar um investimento de R$ 5,8 bilhões para mudar seu regime de concessão para um modelo de autorização. Esse movimento estratégico visa adaptar a empresa às demandas do mercado e garantir sua sobrevivência no cenário competitivo das telecomunicações.
## Destaques Principais:
– A Oi irá investir R$ 5,8 bilhões para deixar de ser uma operadora concessionária e migrar para o regime de autorização.
– Desse total, a empresa V.tal, derivada da infraestrutura da Oi, irá arcar com R$ 5 bilhões em investimentos.
– Os recursos serão destinados à manutenção do serviço de telefonia fixa, implementação de conectividade em escolas públicas e construção de backbone submarino na costa do Brasil.
## A Transição da Oi para o Regime de Autorização
A Oi, uma empresa que por décadas atuou no regime público de concessão, agora está prestes a realizar uma transformação significativa em sua estrutura operacional. A migração para o regime de autorização, aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), trará benefícios importantes para a companhia.
Como concessionária, a Oi tinha a obrigação de manter a universalização do serviço de telefonia fixa, garantindo sua continuidade e o controle tarifário. Além disso, os bens utilizados na prestação desses serviços eram considerados reversíveis, podendo ser devolvidos ao Estado com a extinção da concessão.
Ao mudar para o regime de autorização, a Oi ficará desobrigada de grande parte dessas responsabilidades. Ela poderá, então, encerrar suas operações em localidades onde não for financeiramente viável manter o serviço de telefonia fixa. Essa flexibilidade é essencial para a empresa, que enfrenta sua segunda recuperação judicial com dívidas de R$ 44 bilhões.
## Investimentos e Contrapartidas
Para realizar essa transição, a Oi se comprometeu a cumprir algumas contrapartidas de investimento, totalizando R$ 5,8 bilhões. Desse montante, a empresa V.tal, derivada da infraestrutura da Oi, assumirá R$ 5 bilhões. Esses valores serão destinados a três frentes principais:
1. Manutenção do serviço de telefonia fixa em 10.650 localidades onde a Oi é a única operadora disponível, até o final de 2028.
2. Implementação de conectividade em 4 mil escolas públicas de ensino básico.
3. Construção de um backbone submarino na costa dos estados do Norte, Nordeste e Rio Grande do Sul.
Essa é uma estratégia fundamental para a Oi, que busca se adaptar às transformações do mercado e garantir sua sobrevivência. A empresa já se desfez de diversos ativos, como telefonia móvel, torres, datacenters e infraestrutura de fibra óptica, para se concentrar em serviços corporativos.
## Conclusão
A jornada da Oi rumo ao regime de autorização representa um desafio significativo, mas também uma oportunidade de se posicionar de forma mais competitiva no mercado de telecomunicações. Com esse investimento de R$ 5,8 bilhões, a empresa espera se libertar de algumas obrigações regulatórias e focar em áreas mais estratégicas para sua sustentabilidade a longo prazo.
Essa transição é fundamental para a Oi, que enfrenta uma segunda recuperação judicial e precisa se reinventar para sobreviver em um mercado cada vez mais dinâmico e exigente. Ao se adaptar às novas realidades, a operadora busca garantir sua presença e relevância no setor de telecomunicações brasileiro.