O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, deixa claro que a ideia de criar um “WhatsApp nacional” é apenas um mito. Ele explica que a preocupação é com a segurança das comunicações do governo, e não com a substituição do WhatsApp. A ABDI está buscando soluções mais robustas e corporativas para garantir a confidencialidade das informações institucionais.
Segurança acima de tudo
Como líder da ABDI, Cappelli acredita que as autoridades governamentais não deveriam depender de uma plataforma de comunicação de uma empresa privada, especialmente aquelas baseadas nos Estados Unidos. Para ele, é essencial ter ferramentas que ofereçam maior segurança e controle, evitando que informações sigilosas sejam expostas ou cruzadas com outras redes sociais.
Cappelli reconhece que diversas empresas, inclusive do setor de tecnologia, já utilizam soluções mais avançadas que o WhatsApp para compartilhar dados sensíveis. Ele afirma que cerca de oito empresas nacionais procuraram a ABDI nas últimas semanas para apresentar alternativas mais robustas para a comunicação corporativa.
Solução prática, não um aplicativo do zero
Contrariando o que foi inicialmente divulgado, Cappelli descarta a possibilidade de criar um novo aplicativo de comunicação do zero, o chamado “Brazap”. Em vez disso, a ABDI planeja contratar uma solução já existente, desenvolvida por uma empresa nacional reconhecida nesse mercado, como a Dígitro.
A ideia é fazer uma licitação para adquirir cerca de 70 licenças dessa ferramenta, que poderia atender desde a Presidência da República até ministérios, Forças Armadas e o Comitê de Política Monetária do Banco Central. Cappelli acredita que todos os Poderes deveriam ser contemplados por uma plataforma de comunicação segura e institucional.
Ferramentas já em uso
Embora Cappelli não tenha citado nomes específicos, ele mencionou que a Dígitro já fornece soluções avançadas de comunicação unificada e segura para diversos órgãos, como a Polícia Civil do Espírito Santo e o Exército Brasileiro.
Além disso, a Presidência da República informou que os servidores públicos ligados a ela têm acesso ao Microsoft Teams e ao Zoom. No entanto, não é possível confirmar se essas ferramentas são utilizadas para assuntos estratégicos da alta administração do governo.
Conclusão
É evidente que a preocupação de Cappelli e da ABDI é garantir a segurança das comunicações governamentais, e não simplesmente substituir o WhatsApp. Eles buscam soluções mais robustas e corporativas, desenvolvidas por empresas nacionais, para evitar que informações confidenciais sejam expostas ou cruzadas com outras plataformas. Essa abordagem parece ser um passo importante para proteger a integridade das informações sensíveis do governo brasileiro.
Destaques-chave:
- A ABDI não tem planos de criar um “WhatsApp nacional”, mas sim de adotar ferramentas de comunicação mais seguras e corporativas para o governo.
- A preocupação é garantir a confidencialidade de informações sensíveis e evitar que elas sejam expostas ou cruzadas com outras redes, como acontece com o WhatsApp.
- A solução será contratada de uma empresa nacional reconhecida nesse mercado, como a Dígitro, e não desenvolvida do zero pela ABDI.