A liderança médica está indignada com a decisão “espantosa” do Cremesp, que entrou com uma ação judicial para proibir a comercialização do peeling de fenol para não médicos. O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran da Silva Gallo, expressou seu “extremo espanto e consternação” com essa iniciativa, afirmando que essa competência é da entarquia federal.
## A Repreensão do CFM ao Cremesp
### A Usurpação de Atribuições
O presidente do CFM pediu ao presidente do Cremesp, Ângelo Vattimo, que cumpra integralmente os acordos firmados e “não usurpe as atribuições e competências desta autarquia, limitando-se a atuar nas questões regionais específicas ao estado de São Paulo e respeitando a competência do CFM em âmbito nacional”.
### A Notificação à ANVISA
Gallo determinou ao Cremesp que desista da ação judicial e retifique a notificação feita à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na qual pede a suspensão de produtos à base de polimetilmetacrilato, o PMMA. O presidente do CFM citou que a autarquia tem reunião com o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, marcada para esta quinta-feira (11/7), e que o descumprimento da determinação do Conselho Federal provocaria a “desautorização pública e oficial dos atos emanados por essa regional”.
### Os Riscos do Uso Inadequado
O Cremesp notificou a Anvisa pedindo a proibição da venda, distribuição e comercialização do PMMA no dia 5 de julho, após casos de necrose muscular, complicações pulmonares, renais e até mortes em função do uso do produto fora das recomendações.
## Conclusão
É evidente que a liderança médica está profundamente preocupada com a iniciativa do Cremesp, que parece estar usurpando as atribuições do CFM. Essa disputa de poder entre as entidades pode colocar em risco a saúde dos pacientes que utilizam o PMMA. É fundamental que haja diálogo e cooperação entre as partes, a fim de garantir a segurança e o bem-estar da população.