Para validar sua humanidade, o primeiro passo é baixar o World App e agendar uma visita em um dos postos de verificação em São Paulo. **Em um procedimento que dura cerca de 2 minutos**, um dispositivo chamado Orb captura imagens do rosto e dos olhos do usuário, criando uma textura única da íris. Este processo é totalmente gratuito e voluntário.
As imagens coletadas não são armazenadas; em vez disso, elas são transformadas em um certificado digital que associa um hash único ao usuário. **Dessa forma, a privacidade é respeitada** e a identidade de cada indivíduo fica protegida. O produto final não verifica a identidade, mas sim a singularidade e a humanidade do usuário.
Além da verificação, **todos os usuários que se cadastrarem receberão um total de 50 tokens** – 25 iniciais e mais 25 ao longo do tempo. Esses tokens podem ser utilizados dentro do ecossistema World, que envolve a blockchain World Chain e a moeda digital Worldcoin (WLD). Assim, a ferramenta não apenas busca identificar humanos, mas também incentivar o envolvimento na plataforma.
Ninguém pode negar que o projeto gera controvérsias. **Dúvidas sobre privacidade e biometria** têm sido levantadas por muitos. O gerente de operações, Rodrigo Tozzi, respondeu a essas preocupações destacando que os dados coletados são criptografados e eliminados após a transmissão, porém, há quem veja nisso uma nova forma de controle. Alguns cidadãos já expressaram ceticismo, argumentando que o World ID pode acabar se transformando em um profundo banco de dados global.
O potencial para utilizar o World ID é vasto. Além de possibilidades como autorização em processos de identidade, **ele pode ser empregado em serviços como a prova de vida para a aposentadoria no INSS**. A escolha de São Paulo como sede inicial é estratégica, considerando a grande concentração populacional e a relevância econômica da cidade.
Antes de sua chegada ao Brasil, o World ID já havia realizado uma turnê por mais de 20 países, introduzindo a tecnologia de captura de imagem. **Esse lançamento marca um passo significativo para o Brasil**, que agora entra em um novo patamar no que diz respeito à intersecção entre tecnologia e validação de identidade.
O World ID apresenta uma solução inovadora e ambiciosa em tempos de incerteza digital. **Embora o futuro traga impasses**, a capacidade de distinguir humanos de inteligências artificiais é uma competência que pode ser bem-vinda, especialmente em um mundo em que a confiança se torna cada vez mais difícil de encontrar. O que resta agora é observar como essa nova tecnologia será recebida e utilizada pelo povo brasileiro, e se realmente trará os benefícios prometidos.
Fique atento às atualizações e desafios que a evolução digital nos impõe, pois o caminho à frente certamente será interessante.