É verdade que Ramagem, enquanto candidato, tem todo o direito de promover seu discurso de segurança pública. No entanto, a associação direta com a PM pode gerar uma percepção de que a corporação está “tomando partido” na eleição, o que é inadmissível. Afinal, a imparcialidade das instituições é um pilar fundamental da democracia.
Por isso, a vigilância do TRE é louvável e necessária. Cabe a esse órgão zelar pela lisura do processo eleitoral e coibir quaisquer tentativas de uso indevido da máquina pública para favorecer determinado candidato.
Nesse sentido, é imprescindível que haja total transparência por parte da Polícia Militar e do governo estadual. Qualquer orientação dada aos batalhões durante o período eleitoral deve ser amplamente divulgada e justificada, de modo a afastar qualquer suspeita de favorecimento.
Em suma, a preocupação do TRE do Rio de Janeiro é legítima e reforça a importância de preservarmos a integridade do processo eleitoral. Eleições livres, justas e democráticas são o alicerce de uma sociedade saudável, e cabe a todos nós, cidadãos e instituições, zelarmos por esse princípio fundamental.