Xiaomi, a gigante chinesa de tecnologia, está enfrentando um desafio ao entrar no mercado de carros elétricos. Seu primeiro modelo, o sedã SU7, está gerando prejuízos de US$ 9,2 mil por unidade vendida, de acordo com cálculos da Bloomberg. Essa notícia destaca os desafios enfrentados pela Xiaomi ao diversificar seus negócios e se estabelecer no concorrido setor automotivo.
Prejuízo por unidade vendida do SU7
Apesar do bom volume de vendas do SU7 nas primeiras semanas após o lançamento, a Xiaomi está tendo prejuízos com o modelo que marcou sua entrada no segmento automotivo. De acordo com cálculos da Bloomberg, a empresa vem perdendo US$ 9,2 mil para cada unidade vendida do sedã elétrico.
No último balanço financeiro, a Xiaomi informou perdas de US$ 252 milhões no segundo trimestre de 2024, o equivalente a R$ 1,4 bilhão. Nesse mesmo período, ela entregou apenas 27.307 unidades do SU7.
Como cada SU7 é vendido por cerca de US$ 30 mil (R$ 166 mil), é possível dizer que a montadora perdeu, em média, o equivalente a R$ 51 mil por unidade, de acordo com a publicação. Esse cenário mostra os desafios enfrentados pela Xiaomi ao tentar se estabelecer no mercado de carros elétricos.
Quando a Xiaomi terá lucro com o SU7?
Estima-se que seja necessário vender de 300 mil a 400 mil unidades por ano para que a Xiaomi passe a ter lucro com seu carro elétrico, conforme cálculos feitos na época do lançamento do sedã. No entanto, isso ainda pode demorar a acontecer, pois a montadora prevê vendas de apenas 260 mil veículos anuais a partir de 2026.
Nos próximos anos, a Xiaomi pretende investir “dezenas de bilhões de dólares” em sua divisão automotiva, se transformando em uma das maiores marcas do segmento. A ideia da companhia é disponibilizar o SU7 como alternativa aos carros da Tesla, mas com custos adaptados à renda dos chineses.
A fabricante também tem planos de ampliar seu portfólio, comercializando diferentes modelos movidos a energia. Especula-se que a próxima adição será um SUV elétrico, embora a montadora não confirme.
Conclusão
A entrada da Xiaomi no mercado de carros elétricos está sendo desafiadora. Seus prejuízos de US$ 9,2 mil por unidade vendida do SU7 mostram que a empresa ainda tem um longo caminho a percorrer para se estabelecer nesse segmento. No entanto, a Xiaomi está determinada a investir pesadamente em sua divisão automotiva e oferecer alternativas mais acessíveis aos consumidores, o que pode ser uma estratégia interessante para conquistar uma fatia desse mercado competitivo.